sábado, 15 de agosto de 2009

Viagem de rotina

Todos os dias, sempre me lembro de coisas estranhas, mas nunca me lembro se vivi ou se sonhei. As vezes acho que é o gingado desse navio que me deixa variado, só que para mim é sempre uma nova viagem ficar alucinado.
Certa vez, eu estava navegando, como todos os outros dias e, em ondas gigantes e psicodélicas meu navio se partiu e afundou. Fiquei a deriva por muitas horas, esperando que alguém viesse a minha procura, mas depois de tanta espera, vi que estava só...
De repente, acordei em terra firme, deitado sobre os pedaços que restaram do meu navio. Era uma terra muito esquisita, com árvores enormes, sem fim, que faziam com que o lugar fosse escuro, tenebroso, sombrio e com um ar de trevas.
Pensei comigo mesmo que se aquela escuridão não fosse habitada por nativos selvagens e, eu estivesse ali sozinho, estaria a salvo.
Mas logo vi que esse pensamento era errado, quando comecei a escutar barulhos estranhos vindo do outro lado daquele lugar e muitas vozes desconhecidas chamando meu nome.
Foi quando eu me lembrei que era hora de tomar meus remédios e, aqueles barulhos estranhos eram da enfermeira batendo na porta do meu quarto do hospício.

Flávio Luigii

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